Personagens longe de finais felizes povoam trama de "Once Upon A Time"

Era uma vez uma princesa que comeu uma maçã enfeitiçada e caiu num sono profundo. Ela só despertou depois de um beijo apaixonado, dado pelo seu príncipe encantado. Isso pode parecer o final da história da Branca de Neve, mas, na verdade, é só o começo de "Once Upon A Time", série que o canal norte-americano ABC lançou no último domingo (24).
Partindo do final que conhecemos da história da Branca de Neve e os Sete Anões, a série cria uma trama que acontece após o derradeiro beijo. No dia do casamento entre a Branca de Neve (Ginnifer Goodwin) e o Príncipe Encantado (Joshua Dallas), a Rainha Má (Lana Parrilla) aparece e decide jogar uma maldição em todos os seres dos contos de fadas. Almejando o próprio final feliz, ela aprisiona todos os personagens no único lugar onde os finais felizes são impossíveis: no mundo real.
Temendo o futuro, a Branca de Neve procura por Rumplestiltskin (Robert Carlely), que avisa que a filha dela com o Príncipe Encantado precisa ser salva e que, 28 anos depois, será ela a responsável por resgatar todos os personagens da maldição da Rainha Má.
Paralelamente a essa trama de contos de fada, que aparece em forma de flashbacks, também conhecemos Emma (Jennifer Morrison) que, naquele dia, está fazendo 28 anos de idade. Solitária, ela deseja não viver mais tão só e, então, encontra com Henry (Jared Gilmore), o filho que ela entregou para adoção quando bebê. Henry convence a mãe biológica a levá-lo de volta para Storybrooke, a cidade em que o garoto mora. No caminho, ele conta que está escrito em um livro que Emma é a filha de Branca de Neve e que deve salvar os personagens dos contos de fada do feitiço da Rainha Má.
Achando toda a história absurda, Emma entrega Henry para Regina (também Lana Parrilla), a mãe adotiva do garoto e também prefeita da cidade. A cidade de Stoybrooke é onde vivem todos os personagens de contos de fada que estão presos no mundo real. Ali, a prefeita é a Rainha Má; a professora de Henry é a Branca de Neve; e o Príncipe Encantado é só um desconhecido em coma no hospital. Naquela cidade, o tempo não passa e os moradores (pelo menos, alguns deles) não se lembram de suas vidas anteriores como personagens infantis.
"Once Upon A Time" foi uma das estreias mais aguardadas da fall season deste ano e o público parece ter recebido bem a série, que registrou boa audiência nos Estados Unidos. A produção não tem um texto excepcional, mas o conjunto da obra funciona. Atores, produção, direção, efeitos, tudo corre muito bem no primeiro episódio. A trama, para alguns, vai parecer boba e infantil, mas, se você se deixar levar pelo clima da história, assisti-la pode virar um programa bem divertido. Aqueles que sempre ficaram imaginando com teria sido o "final feliz" dos personagens infantis e se eles teriam sido "felizes para sempre", vão encontrar no primeiro episódio de "Once Upon A Time" a expectativa de uma série promissora. Só espero que, no decorrer dos episódios, ela se mantenha assim.

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